Jogo da VidA

Complicado este jogo de se viver.
Que drible atarefado na tentativa de sobreviver.
Quem encara o dia na tentativa de IR,
perde a alegria do ESTAR e do SER.
Acaba por nunca IR
e quando chega não sabe onde esteve nem quem é.

Há dias que a tristeza nos abala
e a vida nos mastiga e cospe.
Há pessoas que nos absorvem e chutam.
Há sítios que não nos dizem nada e 
só nos apetece fugir.
Mas há outros (Ò meu Deus há outros... Graças a TI) em que o Sol fala connosco,
os pássaros cantam para nós.
E somos únicos, acariciados pelo bem no olhar do outro.

Então...

Vive devagar,
Vive com calma,
Fecha os olhos,
Sente a vida,
Saboreia os passos,
Enfrenta as derrotas de olhos abertos,
Permite-te cair,
Mas não te demores a levantar.
E uma vez firme. Vai!
Vai, luta, respira, corre e vence!
Vence-te a ti,
Os medos,
Os olhares,
As incertezas.
Vence o escuro obsoleto
que te fez acreditar que era crónico.

Voar sem AsAs, escrito a 18 de Maio 2021, em Lisboa