Poetizando - Resgate
01-11-2021
Lá estava eu na minha vida
às vezes pacata, outras frenética.
Haviam dias dispares
ao ponto de se tornarem
disparatadamente anedotas.
Haviam dias iguais
ao limite de nada fazer sentido
e tudo encaixar perfeitamente.
À noite dormia no meu decesso
do barulho que ninguém escutava,
da luta que ninguém sentia,
das lágrimas que ninguém via.
Haverá resgate mais urgente
que aquele que te liberta?
Talvez não haja!
Mas todos aqueles que não escutaram
não sentiram, nem tão pouco viram.
Acham que há!
A esses dedico-lhes o meu resgate!
Voar sem AsAs, escrito a 01 de Novembro 2021, em Lisboa!